Qualquer criança que seja muito menor do que outras crianças da mesma idade ou que se afaste de uma curva de crescimento previamente normal deve ser avaliada por um médico.¹ Os endocrinologistas pediátricos são os médicos mais indicados para esse tipo de situação, pois são especializados em diagnosticar, tratar e gerenciar distúrbios envolvendo hormônios.1
Na primeira consulta, o endocrinologista pediátrico irá coletar informações sobre o nascimento, o estado de saúde geral da criança, incluindo o estado nutricional, doenças passadas, lesões e estresses. O médico irá fazer perguntas sobre a altura dos pais e a presença de quaisquer problemas de saúde na família. O médico também pode querer saber sobre o histórico de puberdade precoce ou tardia (desenvolvimento sexual e surto de crescimento em membros da família). Todas as medidas da altura e do peso da criança a partir do nascimento devem ser reunidas para que o médico possa traçá-las em uma tabela de crescimento. Dependendo da situação, o médico pode acompanhar o desenvolvimento da criança durante um período de seis a doze meses, com o objetivo de determinar com precisão a taxa de crescimento.1
Além da história clínica, o médico realizará um exame físico completo e poderá ainda solicitar alguns exames para confirmar o diagnóstico.1,2 Entre os exames estão:
- Raio-X:
Nesse exame é realizada uma radiografia da mão e do pulso da criança. Normalmente, o tamanho e a forma dos ossos mudam à medida que uma pessoa cresce. As imagens ósseas ajudarão a determinar se o desenvolvimento ósseo se compara à altura e à idade da criança.1,2
- Exame de sangue:
Esse exame tem o objetivo de verificar a existência de outras doenças, como deficiência de hormônios da tireoide, doenças renais, ósseas e gastrointestinais.¹
- Medição do fator de crescimento semelhante à insulina 1 (IGF-1) e teste provocativo do hormônio do crescimento (GH):
Esses exames mais específicos também são necessários.¹ O IGF-1 depende do GH para ser produzido.
Se o nível do IGF-1 estiver baixo, pode ser um sinal de falta de hormônio do crescimento. No entanto, a dosagem do IGF-1 nem sempre permite fazer o diagnóstico. Um teste exato da deficiência de hormônio do crescimento envolve um teste de estimulação do GH.² Por isso, é necessário provocar sua liberação no sangue por meio de um estímulo (como insulina) para diagnosticar a deficiência de hormônio do crescimento.2 - Ressonância magnética:
Algumas vezes é necessário realizar uma ressonância magnética da cabeça para verificar a existência de problemas no hipotálamo e nas glândulas pituitárias.2 Essa avaliação geralmente fornece ao médico informações suficientes para identificar a causa do problema de crescimento ou para decidir que não existe nenhum problema de crescimento.¹